A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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A diferença entre viver...e sobreviver

(Marcial Salaverry)

Existe, com toda certeza, uma diferença básica entre realmente viver, ou apenas sobreviver, marcando nossa passagem pelo mundo, sem efetivamente vivermos essa passagem.

Afinal, o que é viver? Quando é que podemos dizer, que estamos realmente vivendo a vida em sua plenitude? Apenas uma única resposta nos ocorre, ou seja, estamos realmente vivendo, quando efetivamente estamos amando, pois o amor é o que realmente dá vida à vida, e nos faz sentir o gosto de viver

E não podemos dizer que amamos sem reconhecer a beleza que é o dom da vida. Sem agradecer a cada nascer e a cada pôr do sol, que por si só, constituem o alimento para nossa alma. O trinado de um pássaro, o marulhar das ondas, o riso alegre de uma criança, um livro aberto em páginas que expressam amor...

São tantos e tão lindos exemplos que poderíamos dar para nos fazer entender o quão bela e gratificante é a Vida. Viver implica em saber a tudo amar. Somente no amor é que se faz presente a magia da vida. É no amor que o compartilhar floresce, que os iguais se reconhecem. Que a vida flui em nossas veias, e faz bater nosso coração.

Quando tememos amar, quando o medo permeia nosso interior, não vivemos. Apenas sobrevivemos.

O medo de amar contamina nosso dia-a-dia impondo-nos limites. E é esse medo que nos mantém distantes uns dos outros. Temos medo de amar porque temos medo da perda. E por conta desse medo, não nos entregamos ao sentimento maior que é o amor, vencidos pelo medo. Precisamos nos lembrar que a perda existe apenas dentro dos limites estreitos que nos impomos. E por vezes, por medo de amar, deixamos de enxergar quem efetivamente nos ama...

Quando nos damos conta de que viver implica na compreensão e fraternidade entre os iguais, quando nos dispomos a reconhecer que somos unos no Amigão que nos acolhe e protege, afastamos o medo. E somente assim poderá frutificar em terreno fértil a felicidade que buscamos, pois nos entregamos ao amor.

Faça-se esta pergunta: "Eu vivo ou sobrevivo?" Eu vivo, se souber reconhecer e me doar no amor que tenho pelos meus iguais...sem medo. Mas apenas sobreviverei, se tiver medo de aceitar esse amor que naturalmente poderia fluir de nossa alma.

E você? Se responder que "vive", certamente estará vivendo UM LINDO DIA

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