Observa-se que atualmente muita gente demonstra ter mais carinho por certos
objetos, como automóvel, moto, televisão, computador, do que pelas
pessoas que vivem ao seu redor.
Ao invés de levar o carro a um lava-rápido, ficam horas fazendo
a "limpeza semanal" no filhinho querido, sacrificando horas de lazer
e de convívio familiar.
A propósito, meu amigo L'Inconnu passou-me por e-mail uma mensagem muito
interessante a esse respeito
Se Deus criou as pessoas para serem amadas e as coisas para serem usadas, por
que será que se amam as coisas, e usam-se as pessoas?
É uma grande verdade, pois os objetos, sejam eles inanimados, animados
(aqueles que se movimentam, como carros, iates, etc...), ou animadores (aqueles
que mexem com nosso ânimo, como TV, computador, etc..), não deixam
de ser objetos, e não tem sentimentos, pouco ligando se os utilizamos
ou não, se os deixamos de lado para um passeio ou um papinho, ou mesmo
se os deixamos cair no chão e quebrar.
Contudo, as pessoas que nos cercam, tem sentimentos, tem sede de carinho, de
atenção, e logicamente não ficam muito satisfeitas ao se
sentirem trocadas por um objeto, ou como passam a chamar "Essa Coisa"...
Devemos sempre saber dividir nosso tempo. Nunca poderemos esquecer o convívio
familiar, com os amigos, um gostoso passeio, uma viagem, trocando esses momentos
de lazer pelo culto ao "objeto amado".
Sempre devemos considerar que as pessoas ao nosso redor forçosamente
sentirão um eventual desprezo, muito mais do que o carro poderá
sentir falta de uma lavagem caprichada. Não ficará traumatizado,
quando muito, ficará sujo, mas um LavaRápido soluciona melhor
o problema do que sacrificarmos algumas horas de convívio familiar, pelo
prazer de vê-lo brilhando.
Os objetos que usamos, assim devem ser encarados, como de uso. Utilizamo-nos
deles, mas não poderemos nos escravizar a eles. Por mais amados que sejam,
não tem sentimentos.
Se alguém mudar de casa, depois de nela viver por mais de 20 anos, a
casa não se sentirá abandonada. Mas pessoas que vivem ao nosso
redor, fatalmente irão sentir um eventual abandono, ou descaso, se forem
relegadas a um plano secundário.
Alguém poderá argumentar que um carro, uma casa, ou um computador
não são infiéis, nem cometem injustiças contra nós.
Mas, há que se considerar que costumam dar muita dor de cabeça,
necessitando de "consultas médicas", como podem ser consideradas
as consultas a técnicos, mecânicos e empreiteiros, e que, se bem
analisadas, podem ser consideradas com "traições" a
nossa conta bancária.
Antes do advento da televisão e do computador, as famílias costumavam
se reunir para agradáveis conversas, trocava-se idéias, discutia-se
problemas. Mas, atualmente, pais e filhos pouco se falam, cada qual em seu quarto,
cuidando de seu objeto de estimação. E muitos problemas acontecem
por causa disso. Não é preciso falar disso, pois todos conhecemos
essa situação, e já vimos esse filme diversas vezes.
Diálogo crianças. Isso é muito importante. É preciso
lembrar que as pessoas existem, e continuam vivendo a nosso redor. Um gesto
de carinho, um bom dia, um simples "oi amigo" que seja, nada nos custa,
e as pessoas agradecerão e até poderão retribuir. Ou não,
mas pelo menos fizemos nossa parte.
Pessoas merecem mais atenção do que máquinas...
Assim, para todas as pessoas amigas ou não que estiverem lendo, desejo
um lindo dia, e peço que façam o mesmo para as pessoas a seu redor.
Façamos nossa parte, e todos, certamente, teremos UM LINDO DIA...