A PAULISTANA
Eis que a tênue luz ufana
Michele, a paulistana espelhou,
E numa candura diáfana
Por entre estrelas se espalhou.
No mais, beleza incontível
Mulher em diamante lapidada,
Tão perfeita que se diria impossível
(caso não existisse), de ser criada.
E fez-se luz... magnificência!!!
Dela toda a sensualidade aflora
Como uma irresistível evidência
Pela qual todo poeta implora.
Não bastasse ter a alma de artista
Traz na face a própria inspiração,
E a tal ponto se faz personalista
Que me pergunto, será a dita,
Criadora ou criação?
(D'anton Medrado)
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