D'anton Medrado
Encontrei-me poeta um dia, como se eu pudesse ser algo, mas, como sempre divago, e quando me refugio em mim mesmo eu escrevo sentimentos e compartilho-os. Por falha de uma divindade qualquer continuo vivendo, não por mim, mas pelo amor que tenho pela beleza feminina, uma paixão latente que carrego em meu peito pulsando como a punir-me pelo que não pude ser. Não é vontade de viver, é covardia mesmo. Rastejo invisível e esquecido implorando por amor sem poder dar nada em troca, exceto amor.