A Garganta da Serpente

Artur Ribeiro

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cosi

quis o tempo sobre a pele
o sol na língua seca
quis a dor nos dedos breves
entre frestas violetas
rubra dor nos alicerces
pés descalços de soberba
não entendo a dor das formigas
mas conheço a magia das abelhas.

quis o tempo em laços de névoa
prender os braços ao cais do porto
como prender a alma a seu corpo
[nem a vida pode tanto]
passatempo de vertigem
é precipício e desencanto.


(Artur Ribeiro)


voltar última atualização: 08/02/2011
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