MORRA COM MODERAÇÃO
Espatifado na estrada,
Esfaqueado em balada,
Não é um jeito justo de morrer.
Em nada auspicioso,
Trazendo em triste e choroso,
Aos todos deixados por ti.
Razão não cabe no copo,
Apesar de tu caberes no caixão.
Garrafa, não coisa mágica - trágica!
Na direção ou no salão,
Tu és um tonto em tonturas,
Nas conjunturas de um tudo ruim.
Cervejeiras, bebedores e bebedeiras.
Não estão nem aí para ao que tu andas tomando.
Pouco ligando, se de cara cheia, com todas ou meia.
Servente da cerveja,
Não permitas que ela seja, por engano,
O fato profano das tuas reais alegrias.
Nos comerciais do riso, no isento do juízo aos estragos que tu fazes,
Lá estão, em pro rata, ao teu destino.
Por favor, larga mão dessa lata, desse copo assassino!
Antes de virar estatístico, no cabalístico da embriaguez,
Faz um brinde de vez ao em longo da tua vida.
Jamais por partir bem cedo, dos muitos em apenas chegados.
(Arnaldo Massari)
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