Arnaldo Massari
DO AUTOR Cada um de nós tem um pouco de si e muito dos outros. Apresentar o pouco simboliza a contribuição. Contemplar o muito, seguramente, ao aprendizado. Dizer de si, sem esbarrar nos tênues limites da vaidade - sempre latente, irrequieta e imatura -, das assertivas muitas vezes desnecessárias, não é tarefa fácil quando se pretende a elaboração de um isento transmitir. Não somos, nem de perto, essas perfeições. Apesar de muitos a cultivarem em augusto de vontade. Para que uma vida seja mais sentida, válida, repleta de fraternal, não pode haver os reticentes preconceituosos. Trazer e fazer aos instituídos, esquecendo as jactâncias, é o caminho de pedra e razão. Os meus escritos representam as passagens de um quase tudo. Selecionam sob certos cambiantes de lembranças, em palavras vivas e sem retoques, meandros de um vivido que jamais aceitou os proscritos do sentimental. O que tenho para expor, como todos, são os deixados por uma longa viagem de vida. Das estações que passaram nas entrelinhas dos anos, em textos que fazem a argumentação do agora. O que sempre terei por lamentar é a teatralidade do comportamento humano. Poucos são aqueles que não sobem ao palco. Arnaldo Massari