A Garganta da Serpente

Zé Luis

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ESCONDIDO

Escondido e alegremente lendo
No espaço que a mim dedico
A lenda do tempo ido
A memória perto do cinzento desta minha
Janela virada para o meu olhar

Longe as ondas brancas batendo nestas areias
Dispersam meu sentir no amálgamo do meu
Existir certo ou errado que se encontra comigo
A cada ano sentado no mesmo espaço de cada
Sensação

Diferente ou igual aquilo que sou
A minha imagem translucida dos carinhos
Que só eu sinto e que penso mais profundamente
Que o profundo vago de mim que me dá a mão
Neste caminhar súbito daquilo que piso

Cheiros que outrora senti no escurecer das minhas
Mágoas
Hoje sou aquilo que tenho no tempo esporádico
Da alegria dos deuses encostados à minha simples
Existência de homem temporal

Centro do meu universo resumido entre o espaço-tempo de ter sido
o vivido o histórico
Aquele que sorri à vida
sem que a vida indiferente
Lhe sorria

Vida só minha pisada de passos assim idos
Procurados e mastigados a cada momento de mim
Alegria de pensar e momentos reais de sentir

Olhar profundo das velas que se gastam nas
Correntes do ar que respiro a cada manhã de mim
Eu!..Sempre eu dentro daquilo que sou e que espero
Ser
Eu o meu Deus sonhador de mim mesmo
Eu aquilo que é
Eu o nascido


(Zé Luis)


voltar última atualização: 23/07/2007
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