A Garganta da Serpente

Yara Ferreira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

BALTASSAR

Impresso na casca
e inteiramente nua.
A luz que enche meus olhos
se derrama em meu colo
para depois descer
e encher-me as mãos
de alianças brilhantes.

Somente eu enxergo,
e não o mundo inteiro,
o espelho recobrindo o meu rosto.
Suave, rês ao seu destino
caminhando de cabeça para baixo.

Água vidrilha acima de meus pés
O som do mar sobre a montanha
A curva amada de teu queixo
E os beijos...
é triste e só o deus que os guarda.


(Yara Ferreira)


voltar última atualização: 14/11/2008
11568 visitas desde 14/11/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente