A Garganta da Serpente

Yara Ferreira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Durante muito tempo estive dormindo,
sob o jugo e vontade imperatriz do vazio.
Agora trago nos olhos e no rosto a paz da qual não testemunho.
Por fora, frieza impertubável, muralha às emoções.
Por dentro, turbilhão oco, o nada ácido corroendo a psiquê.
Só que, agora, por obra e efeito do destino, o nada se expande
pelos meus poros. Ameaça destruir-me a máscara.
Sinto-me despertar.


(Yara Ferreira)


voltar última atualização: 14/11/2008
11564 visitas desde 14/11/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente