A Garganta da Serpente

Wellington Cruvinel

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Teias

Prisões indeléveis, as teias,
como ácido cortante nos constroem.
Nos destroem,
Libertam,
como só as prisões o fazem.
Libertam o medo, o ódio, o amor.
Teias de beleza e amargura,
Reflexo de inverdades humanas.

Ligam-se os pontos
A incoerência inconcreta , incontrita
De que somos parte de um todo
Mas não somos nada.
Teias que unem, mesclam,
Aprisionam.
Teias que permitem caminhar
Caminhar sempre,
Para o mesmo lugar?

Criação insana, fruto do poder
Centenas, milhares de teias,
E uma única certeza...

...Se há teia, algo, precisamente
entupido de veneno,
Logo, logo,
Aparecerá.


(Wellington Cruvinel)


voltar última atualização: 07/05/2007
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