A Garganta da Serpente

Wasil Sacharuk

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Perdido nos Cantos da Jupiranga

Andei por aí
de cueiros pandos
perdido nos cantos
da Jupiranga

Ah, poderia ser bamba
se um dia esse pranto
perdesse guarida
para sambar na avenida

Quem me conhece
e lê minha poesia
não esquece
que odeio carnaval
odeio prece
odeio hipocrisia
e, ainda por cima
do tipo que não desanima
e se acha normal

E logo derramo poema
assim meio sem tema
meio sem trégua
sem esquema
e sem régua
pois nenhum dilema
me cala ou me cega

Já contei a história
consulte sua memória
que andei por aí
de cueiros pandos
perdido nos cantos
da Jupiranga

Donde ninguém volta
lá a coisa rola solta
tem água benta atômica
misturada com vodka
capim do diabo e engov
palavra, verso e estrofe.


(Wasil Sacharuk)


voltar última atualização: 15/03/2011
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