A Garganta da Serpente

waka'wã

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Falta de pretensão

Vi um homem/poeta em criação e lhe disse.
- Poeta em clima de criação é um homem em devaneio.

E como era de se esperar olhou-me com desdém

Então pensei: - Ele não acredita na própria obra.

Emergiu então a penumbra e depois a sombra
Divisão inequívoca da distância certa do saber

Não há de surpreender a magia
Ao surpreender-se com tal atitude
Ele possui a ânsia do medo
É intrépido na interpretação do verso

Aviltar-se com a palavra
Na discordância gratuita da leitura

O interstício de toda distância provoca o saber
daquilo que repousa na forma sutil da eminência
insofismável do lúdico que aflora em pequenas
palavras na desinteligência do real e imaginário
da recente criação.

Ofusca a luz da imaginação ao perceber o Criador a
sabedoria do pretensioso

A figura clara da inocência do poeta/homem é a
mesma que desponta na busca libertária

Não há de se fazer de rogado
Enquanto for incompreendido

(07.07.17)


(waka'wã)


voltar última atualização: 16/09/2007
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