Soneto para o homem que não existe
Ficaria o dia todo beijando
Seus lábios mornos se quente ficassem
Por mim, como suas mãos tremulando
Com o rubor do meu cílio em sua face
Ficaria o dia todo beijando
Sua boca, mordendo sua pele,
Se você não estivesse se tornando
Um fantasma que minha carne gele
Ficaria o dia todo o beijando
Se sua carne fosse real e eu
Pudesse senti-la perto, queimando
Passaria noites sem fantasia
Que o sonho já me cansou e agora eu
Quero você sem mais alegoria
(Vivatchka)
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