A Garganta da Serpente
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Vítor Manuel Santos da Silva

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Cântico Segundo

Dos ôndulos trigais, sussurros marulhantes,
o som de campainhas de ledos rebanhos;
nos campos da alma, imagens semelhantes,
idéias sossegadas, bálsamos estranhos.

Eu ia caminhando. A águia, nas alturas,
nos cimos embrumados, junto à estratosfera,
não sente o alvoroço, não sente as tonturas
que sente a alma extática de quem espera.

A minh'alma esperava, nem sei quê e quando,
se é esperar sentir, alegre e temerendo,
uma fraqueza extrema que se vai mudando
em uma força estranha que se vai perdendo.


(Vítor Manuel Santos da Silva)


voltar última atualização: 29/11/2005
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