Sim! Eu, devotamente louca.
Eu amo-as, às rosas. Vermelhas.
Sangrando luxo e luxúria, em botão.
Sim! Eu, religiosamente. Adoro-as.
Venero-as, às rosas vermelhas.
Não! Absolutamente! Não!
Não mas ofereça! Não mas envie!
As rosas. Sim! Idolatradas me são, mas
Suas, serão botões sacrílegos. Sim!
Vermelhas serão. Eu sei. Porém,
Sem veias, fluindo volúpia rubra,
Ferventes e túmidas e "énivrées".
Não! Não mas envie! Sim! Sou louca,
Como vê. Não as aceita o templo, onde presto
Culto, sacerdotisa ardente, da rosa e do mirto.
Não! Não! Já lhe disse! Não insista!. Sim!
Eu, eu, que as não dispenso, às rosas, em nenhum
Dos meus ritos da liturgia poético-erótica.
(inédito in ARKHIPÉLAGOS EROTIKÓS)
(Violeta Teixeira)
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