II
Quantas estradas emaranhadas
E as veias sobrepostas sob a pele morta
E um frio me congela todo o sonho
Um vão de solidão entre as cidades
Uma aridez entre os meus dedos
Um grande fantasma retido nos abraços esvaziados
A realidade está com uma máscara prata
E nos meus sonhos um anjo me visita sempre
Disse que devo esperar
Mas a cidade está destruída
E os caminhos todos obstruídos
Em que parte da vida nos escondemos
Estamos sempre fugindo
Um vão na minha carne podre
Um grande corte na pele úmida de saudade
Em alguma parte da estrada vejo a Morte...
(Victor Jorge)
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