Ao Mestre
é de uma genialidade obsoleta,
e investe nessa crise
como um jovem à orgias.
é incrivelmente sensato
e usa de suas maiores forças espirituais
para estabelecer o contrário.
Se tranca em seus pensamentos sujos
e ferozmente se esconde em sua própria vergonha natural.
Ninguém entende seus olhos
que jogam mentiras absurdas
e verdades magníficas
em rodeios de diálogos uniformes.
As conversas com o mundo
sempre o advertem,
chegam a durar semanas
e se estendem no óbvio de um céu azul e eterno.
O fim da fome mundial.
Não trata de sexo
política
religião
Um pródigo do analfabetismo;
não interrompe esses assuntos
e sim, refugia-se em uma graça
ou imitações ridicularizadas.
Não se corrompe na sujeira cultural.
Possui um trauma nunca desvendado
por colegas, noites e botecos,
por vezes esquece suas raízes
e se transforma em vulgos caracteres.
Cria pseudônimos
e se estabelece por semanas em efêmeros, libertinos e criadores.
Mas
retorna ao amargo trejeito infantil
Que corrói,
e. é só.
(Victor Faria)
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