A Garganta da Serpente
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Victor Cabral

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O enfermo III

Esgueirado sempre, consegui encontrar-me
Encontrei a solução!
Mesmo sendo carta marcada
Nesse tal de mundo cão.

Padeço agora no mais sombrio,
Profundezas de um Umbral.
Onde não há calor, nem frio
Apenas dor.

Sou espírito zombeteiro!
No ar apenas um odor
Não tenho cheiro.
Não era quase nada, agora sou.
Era apenas corpo,
O qual a terra já tragou.

Entre tantos...
Não reconheço,
O distúrbio que me dominou

E sorrindo, cabeçadas dei!
Gatimanhas aos milhares,
Sensação tonitruante.
Mãos erguidas via em pares.

Se eu cuspi?
Cusparadas é pouco!
Vomitei até a última víscera,
E desta vida mísera...
Esta alegria eu levei.


(Victor Cabral)


voltar última atualização: 01/04/2002
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