O ENFERMO
Alma destruída,
Mas com corpo são
Eu hei de pôr pra fora
O ódio do meu coração
Nasci para sofrer
Pelos erros que cometi
Sem o freio, mas com idéias
e visões que atormentam.
Sei o que sei,
depois de tudo que vi,
ouvi e lamentei
Por tudo errado que fiz.
Divido-me em duas faces
Aquela que vinga,
E outra que perdoa para amar
Não sei a que predomina
Apenas vivo de esperar...
Esperar...
Para pagar pelo que fiz,
E pelo que faço.
Talvez até me arrependa.
E se alguém me der a mão
Cuspirei...
Pois a ajuda eu nego,
Não necessito e não pedirei.
Não tenho medo de sofrer
Pois eu preciso.
Muito menos de morrer
Que deste dia me aproximo.
(Victor Cabral)
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