A Garganta da Serpente
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Victor Cabral

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O ENFERMO

Alma destruída,
Mas com corpo são
Eu hei de pôr pra fora
O ódio do meu coração

Nasci para sofrer
Pelos erros que cometi
Sem o freio, mas com idéias
e visões que atormentam.

Sei o que sei,
depois de tudo que vi,
ouvi e lamentei
Por tudo errado que fiz.

Divido-me em duas faces
Aquela que vinga,
E outra que perdoa para amar
Não sei a que predomina
Apenas vivo de esperar...
Esperar...
Para pagar pelo que fiz,
E pelo que faço.

Talvez até me arrependa.
E se alguém me der a mão
Cuspirei...
Pois a ajuda eu nego,
Não necessito e não pedirei.
Não tenho medo de sofrer
Pois eu preciso.
Muito menos de morrer
Que deste dia me aproximo.


(Victor Cabral)


voltar última atualização: 01/04/2002
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