A morte de Alice
O que vai ser de mim agora,
Se suas mãos ainda estão em minhas mãos?
Se a paixão que tanto se fez presente
Hoje mas que sentimento ausente é um sentimento em vão.
O que vai ser de mim agora,
Sem esse seu eterno transbordar em ternura?
Sem esse vínculo com a piedade
E esse respeito pelo hoje e por tudo que é sagrado.
E o que faço com essa saudade?que agora sim é
O inverso do amor,o inverso o finito,
Da verdade e das juras dos amantes
Pudera eu;ser delirante tê-la
Por perto sem precisar provar a todo instante
Que Drummond e os suicidas estavam certos.
(17.11.2008)
(O Velho)
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