A Garganta da Serpente

Vânia Moreira Diniz

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Minha Mãe, Eu Preciso

Minha mãe espero que abra os olhos,
Contemple-me por um minuto só,
Possa entender meu olhar aflito,
Em teu rosto imóvel mergulhado.

Levanta, espero-te com carinho,
Ele se foi e pede que tenhas ânimo,
Neste momento difícil e entrecortado,
Nessas festas de junho que recordamos.

Deixe que eu olhe para teu rosto bonito,
Que possa crer num vôo além do tempo,
Vamos recordar juntas espaços pequenos,
Mas que nos fizeram compreender a razão.

Mãe aí vai minha ternura no triste canto,
Sensações que de mim não se apagarão,
Teu sorriso muito ao longe fixado,
E em meu coração teus olhos negros

Pronuncies meu nome neste momento,
Na presença confusa da irremediável dor,
Ah, como senti falta de teu olhar profundo,
Na vida pressurosa, agitada em vão.

Ah minha mãe me abraces com calor,
Diga o que quiseres no passageiro silêncio,
Vem muito, muito depressa ao meu encontro,
A minha alma está precisando de teu cuidado.


(Vânia Moreira Diniz)


voltar última atualização: 25/03/2010
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