A Garganta da Serpente

Vanessa Campos Rocha

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A casa

A casa era dela, ela vivia como queria. Que falem as sombras, as calçadas. Que sussurrem as árvores aos ouvidos uns de outros, que os postes tampem os ouvidos quando ela passa. Que as flores corem, ao som que sai dela. Nada disso a faz mudar de idéia: o que era disforme na casa era consciência brilhante para ela.
Pena mesmo, que eu nunca pude entrar lá.


(Vanessa Campos Rocha)


voltar última atualização: 06/10/2008
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