A Garganta da Serpente

Valdeck Almeida de Jesus

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NOVA JACOBINA

(para Neverton)

Dez anos depois
Você ressuscita
Mas não é a primeira
Pra deixar aflita
Uma criatura
Que lá das alturas
Cantou teus becos e ruas.

Tua alma nua
Sem sombra de dúvidas
Tocou no profundo
Desse ator do mundo
Que te viu nascer
Mesmo sem te ver.

Tu tens outras cores
Cheiros, formas, vozes
Signo diferente
Recorda outras gentes
Que ao mesmo caminhante
Deixaram contente.

Mistérios, sorridos, arrepios
Cachoeiras, pedreiras, rios.
Será que és capaz
De acordar minas de ouro
Com esse olhar de touro
Com esse olhar vazio?

(Jacobina/Ba, 28 de novembro de 2004)


(Valdeck Almeida de Jesus)


voltar última atualização: 29/09/2006
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