(sonetos a Paola)
Enfim sonhar-te
Chegar a casa, e desejar-te
Embriagado pelo teu cheiro
E só poder, enfim sonhar-te
(Com o que isso tem de verdadeiro)
Tendo apenas uma pequenissíma parte
De um todo que se quer inteiro
Torna-se tão mais difícil arte
Quanto mais longe o teu cheiro.
Mas se a memória se sujeita
Ao dolo, da vontade intransigente
Se se obriga, e nela aceita
A imagem distante e verdadeira
Terá no esforço, aparente
A sua reconciliação derradeira.
(Umbertto)
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