(sonetos a Paola)
Prisão
Este amor que me envolve, incoerente
É prisão em si, e suas asas imprecisas
Como dois braços, ou carne humanamente
Distendida, duas folhas indecisas
No mais do céu e do vago permanente.
Sinto nos azuis doces e leves brisas...
Mas o meu olhar, que é olhar de gente
Raramente se deixa iludir pelas brisas.
Liberto, o meu desejo de te ter
Já menos chão que se encerra
E sufoca a flor e todo o seu viver
Procuro em nós outro significado
Que seja viço, inda mais que terra
Ou fruto-semente, já predestinado.
(Umbertto)
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