A Garganta da Serpente

Umbertto

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(sonetos a Paola)

Prisão

Este amor que me envolve, incoerente
É prisão em si, e suas asas imprecisas
Como dois braços, ou carne humanamente
Distendida, duas folhas indecisas

No mais do céu e do vago permanente.
Sinto nos azuis doces e leves brisas...
Mas o meu olhar, que é olhar de gente
Raramente se deixa iludir pelas brisas.

Liberto, o meu desejo de te ter
Já menos chão que se encerra
E sufoca a flor e todo o seu viver

Procuro em nós outro significado
Que seja viço, inda mais que terra
Ou fruto-semente, já predestinado.


(Umbertto)


voltar última atualização: 01/04/2003
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