A Garganta da Serpente

Umbertto

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

(sonetos a Paola)

Teu ser profundo e triste

Teu ser profundo e tão triste
Que minh'alma tão triste retém
Saiba ele o quanto lhe assiste
No quanto for buscar mais além.

Alma à sorte na desdita existe...
Finca-lhe o dente com desdém...
Aquela que por aquela resiste
É por ela que insiste e por mais ninguém.

Ai, quanto de nós, no tanto querer
Deixámos nos outros a julgar-nos
Não o que em nós tem haver

Mas o que nos outros bem julgámos?
E assim na roda da vida a olhar-nos
Vai quem nunca por nunca amámos.


(Umbertto)


voltar última atualização: 01/04/2003
7455 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente