(sonetos a Paola)
Teu ser profundo e triste
Teu ser profundo e tão triste
Que minh'alma tão triste retém
Saiba ele o quanto lhe assiste
No quanto for buscar mais além.
Alma à sorte na desdita existe...
Finca-lhe o dente com desdém...
Aquela que por aquela resiste
É por ela que insiste e por mais ninguém.
Ai, quanto de nós, no tanto querer
Deixámos nos outros a julgar-nos
Não o que em nós tem haver
Mas o que nos outros bem julgámos?
E assim na roda da vida a olhar-nos
Vai quem nunca por nunca amámos.
(Umbertto)
|