(sonetos a Paola)
Apaixonado
Que é isto que trago no peito
E que me embriaga de mil olores
À noite, na cama quando me deito
E empresta à alma novos sabores?
Se em mim me acho por defeito
Pois que durmo com todas as dores
Então como aqui sonho tão perfeito
De rosas e perpétuos amores?
Nada em mim é o que parece
Sou como aquela flor que fenece
Antes ainda de ter sido flor.
Mas se isto que trago no peito é nada
Como a palavra aqui emprestada
Então porque lhe chamarei eu Amor?
(Umbertto)
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