(sonetos a Paola)
Ter ou não ter
Se em meus sentimentos te sou Tanço
Se por te gostar inclui meu defeito
Se o que te escrevo é fel ou ranço
Se por te sonhar não serei perfeito;
Se o despeito é tudo o que alcanço
Porque em sinceridade te trago no peito;
Se por te amar assim não te lanço
Uma qualquer realidade em teu afeito;
Se aqui existe o que seja mágoa dita;
Em verso a ponho e à ignóbil desdita
Que uma vez mais me enganou.
Ter ou não ter, não é a questão
(Quem sabe das coisas do coração?):
Pois nada tem quem um dia nunca amou!
(Umbertto)
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