TEARES E ARTES
Essa máquina da fábrica
Fabrica em seu desatino
Esse homem que maquina
A sina de seu destino
Essa sina se costura
Na malha da vida diária
Estampa um lume na alma
Com tênue tinta dourada
Turnos e rítmos contínuos
E os homens a labutar
Urdem o verbo na trama
Em sua luta no tear
Esses homens por um fio
Nas tramas de algodão
Tudo tecem nada pedem
Porém sempre algo dão
(Poema vencedor do Concurso Municipal de Poesia
do SESI \\\"A Poesia e o Operário" - 1994)
(Tchello d'Barros)
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