A Garganta da Serpente

Tainã Nalon

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Cicatriz

Divertias minha calma ferida,
Amálgama carne que me bebia,
Que me fatigava, que me metia
Um corte d´alma e exultava na ida

Ao orgasmo dentro da minha ermida
Entre as minhas pernas e a poesia.
Tua língua amarga que me invadia
Maltratava e me dizia querida.

Mas, agora, não mais arriscarei
Minha alma, não mais sentirei dor.
E me entrego, pois não esquecerei

Daquelas tuas mentiras de amor.
Dou-te e esqueço as aspirações eternas,
Quando te aq'ceres entre minhas pernas.


(Tainã Nalon)


voltar última atualização: 21/04/2004
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