MATA-ME DE PRAZER
Que de tão claro
chega a ser abismo.
Que de tão inevitável
chega a ser sentença.
Que de tão verdade
chega a ser tristeza.
Que de tão suave
chega a ser carícia...
malícia...
delícia
que envolve,
A
maré revolta
da
língua se solta.
O
insano escolta
à
tua prisão perpétua.
Emissário
da morte
que
a queda atiça,
preguiça,
cobiça
o
que teu pecado capita
e
por meus pelos velejam teus dedos
decifrando-me
a pele em trêmulo solfejo.
E
como último apelo
termino
em
teu
beijo.
(Sweet Ragi)
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