O Sábio
Anéis de fumaça
emolduravam a face congelada
que o Sol reluzia
e lhe encolhia os olhos rasgados.
Predador natural,
seu
perfil acusava.
Em sua caverna
o limo das paredes
lhe fazia companhia.
As
asas
dos morcegos embalavam
seu
sono.
Repousava na umidade das pedras vivas,
caminhava sob as folhagens densas
de árvores centenárias.
Os vaga-lumes lhe davam direção.
Aprendeu com os ventos,
vivia entre os lobos.
(Sophia Noctua)
|