A Garganta da Serpente

Sombra do nada

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O Infeliz

De manhã ele levantou
Abriu os olhos para sua vida
E os fechou para o mundo
O que vê e o que sente não são reais
Apenas como gostaria que fosse
Se alguém lhe atira uma pedra
Ele não fica com raiva, nem revida
Apenas continua seu caminho
Se alguém lhe ofende
Ele não fica triste e logo esquece
Se alguém lhe humilha
É como se não soubesse que foi com ele
E assim segue sua vida
Sem medo, sem vergonha
Sempre com um grande sorriso no rosto
Até que um dia ele a viu
E seus olhos se abriram
E sua angústia despertou
E seu medo surgiu
Medo de si mesmo
Agora ele se via
Mas pelos olhos dela
Desta vez sua mente não pôde criar
A ilusão que o cegava
De tudo que sempre soube
Mas que gostaria de não saber


(Sombra do nada)


voltar última atualização: 29/04/2004
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