EXÉRCITO DOS DESVALIDOS
Marcham nas ruas
Pessoas tão nuas,
Pedintes, ladrões
Não há mais porões,
Heróis, nem se fala!
Exército de desvalidos
Um pouco faminto
De sonho e de pão!
Multidão de bastardos
Jogados ao vento
Carrega seus fardos...
Mãe distraída e negligente,
Pátria sonolenta
Que esquece sua gente!
E o exército de desvalidos,
Completamente faminto
De sonho e de razão,
Marcha nas ruas sem rumo
Com os filhos fora de prumo
Fugindo do fantasma da marginalização!
(Do Palco da Escola para o Teatro da Vida, 2003)
(Solyen Davö)
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