A Garganta da Serpente

Solitatis

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Nada... apenas sentimentos

Nesta noite eu percebi
O quão frágil é a linha da vida
Nesta noite eu percebi
Que nada do que plantei deu frutos
Percebi que sou apenas mais alguém com utopias que cobrem minha visão
Que as melodias que ouço hoje
São apenas reflexos da minha miséria ontem
Perdi tudo o que eu julguei importante
Cada coisa que eu ofereci um pouco de mim
Criou espinhos e me feriu
Meu passado retorna de nebulosas
E assombra meu presente
Tenho medo de viver o futuro
A única vontade que tenho
É de correr
Correr para bem longe
E me esconder no escuro
E quando ninguém mais me ver
Cortar minha pele
Na esperança de que
No vermelho do meu sangue
Eu possa encontrar alguma alegria
Meu coração tão machucado
Lamenta pelos erros do passado
Eu só gostaria que alguém pegasse minha mão
E me levasse para um lugar onde eu pudesse finalmente descansar
Um lugar vazio, onde eu não precisaria criar nada
Que fosse desabar na minha frente depois
Talvez na morte eu encontre esse lugar
Talvez na dor eu veja o caminho
Nesta noite eu percebi
Que nascemos apenas para sofrer
E que no final das contas
Estamos todos sozinhos
Não importa o que digam
Alguns dizem que anjos observam vc
Outros que são os Deuses
Alguns comentam apenas sobre a vigília da mãe preocupada
Mas no final das contas
Somos apenas nós
Nos momentos que a escuridão toca nossas almas
Ninguém pode nos tirar de lá
Somos apenas nós...


(Solitatis)


voltar última atualização: 01/04/2002
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