A Garganta da Serpente

Simone Barbariz

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SOLIDÃO

Invadiu, à noite, minha alma a solidão,
Onde fiquei a rolar na cama, sozinha,
E acordei desesperada porque não tinha
Você para me aquecer o meu coração.

Pura frieza no olhar seu, muito distante,
Tão desiludido, tão sério, tão amargo...
Cacos de sonho recém, para mim, sonhado.
Água fria em minha chama tão crepitante.

Sozinha afogo-me em lágrimas de um amor
Destruído por lembranças de outras que não
Sou eu e que destruíram todo calor

De seu coração com fútil jogo: paixão.
Veja! Não sou como as outras: eu sinto dor
Ao ter que amargar, injusta, tal solidão.


(Simone Barbariz)


voltar última atualização: 29/09/2005
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