A Garganta da Serpente

Sílvia Câmara

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Brisa

Sois de vento, sois de ar, brisa cativa.
Como cativaste meu coração margem?
Ai que não sei, anjos voavam ali talvez.
Sou pássaro:olha as asas já me nascem.

De que importa isso coração-ave?
Não vês que o sopro é a única quimera
Dessas que já não mais há quem tenha a chave
Para abrir o céu em plena primavera?

É que vivo de vento brisa querida
Liberta-me para além dessas paragens
Deixa-me seguir o curso sem destino

Da fantasia, do sonho... desatino?
Preciso voar mundo, colher aragens
Para o sopro transformar-se : eterna vida.


(Sílvia Câmara)


voltar última atualização: 03/07/2007
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