A Garganta da Serpente

Sílvia Câmara

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O salto

Foi exatamente assim
Correndo mundo,
Revivendo em outros povos,
Apreendendo a vida,
Em caminhos às vezes bifurcados
Por veredas nem sempre habitadas
Por estradas quase perdidas
Entre um passo e outro.
Descobri.
Naquele canto da minha sala,
Como um abat-jour antigo
Estava eu,
Guardada.
Na espreita:
Cobra guardando o bote
Aguardando a vítima
Quase pronta para o salto
O que existe dentro de mim?
Escrevo para pular mais rápido.


(Sílvia Câmara)


voltar última atualização: 03/07/2007
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