A Garganta da Serpente

Sílvia Câmara

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Mecejana

Como se abraçasse o tronco duma árvore
Com os braços tão longos de medo.
O vento chegava prenunciando chuva:
Chovia chuva de vento.

Foi lá que puseram os ninhos
as aves de vôo lento.

Revoando e voejando
No branco da luz,
Justo na sombra do tempo.

Era um amanara - chuvoso dia na língua primeira.
Dia de nascer saudade.


(Sílvia Câmara)


voltar última atualização: 03/07/2007
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