Poeta Escolhendo Feijão
"Um poeta escolhendo feijão/
N o parece nada poético/
Antes, piegas; na ótica vão/
Onirismos - metáforas do imagético/
Que pedaços ali se haverão/
Como palavras, no profético?/
(Que caldo na imaginação/
A situação até como arquétipo?)/
Um poeta escolhendo feijão/
Está em lavração errada/
As palavras ali não se serão/
Num peneirar de pedra limada/
Por isso os carunchos ficarão/
Além da situação impensada/
E nesse oficio ele é aleijão/
Como um porco, na feijoada"
(Silas Corrêa Leite)
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