DOCE VAMPIRA
Assim como o homem subjuga o trigo
Privando-o da água, do sol e do vento
Transformando-o em nosso pão amigo
Transmudando-o em divino alimento
Assim como decepa as frutas da videira
Para produzir o sublime elixir do amor
Assim como priva os frutos da oliveira
E cria o azeite, esse néctar do sabor
Suga minha seiva, meu sangue, minha veia
Arranca de meu peito a vida e a alegria
Qual a aranha, me devora em tua teia !
E ainda assim restará minha poesia !
(Sigmar Montemor)
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