A Garganta da Serpente

William Shakespeare

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Quando eu morrer não chores mais que à hora
De ouvir os sinos insensíveis dando
O aviso ao mundo vil: - que fui embora,
E entre vermes mais vis estou morando.

Nem lembres em meu verso, por momentos,
A mão que o escreveu: pois te amo tanto,
Que é melhor me esquecer teu pensamento
Do que lembrar e te levar ao pranto.

E se acaso um dia um verso meu retomes
Quando ao barro eu for parte reunida,
Não lembres nem sequer meu pobre nome;

Decline o teu amor com minha vida.
Não veja o mundo, se sogres por mim,
Razão de zombaria após meu fim.

(tradução: Jorge Wanderley)


(William Shakespeare)


voltar última atualização: 21/02/2006
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