A Garganta da Serpente

William Shakespeare

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


(William Shakespeare)


voltar última atualização: 21/02/2006
27311 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente