A Garganta da Serpente

William Shakespeare

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- Comparar-te a um dia de verão?
Tens mais doçura e mais amenidade:
Flores de maio, ao vento rude vão
Como o estio se vai, com brevidade:

O sol às vezes em calor se exalta
ou tem a essência de oro sem firmeza
E o que é formoso, à formosura falta,
Por sorte ou por mudar-te a natureza.

Mas teu verão eterno brilha a ver-te
Guardando o belo qu em ti permanece,
Nem a morte rirá de ensombrecer-te,

Quando em verso imortal, no tempo cresces.
Enquanto o homem respire, o olhar aqueça,
Viva o meu verso e vida te ofereça


(William Shakespeare)


voltar última atualização: 21/02/2006
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