Alimenta-me
Alimenta-me de poesia.
Alimenta-me de chuva esmagada no arremessar de gritos.
Alimenta-me de adocicadas palavras
Num girassol fechado e sangrado de orvalho..
Alimenta-me de poesia.
Alimenta-me de gestos flutuados no tecto.
Alimenta-me de trechos musicalizados e trémulos na voz
Que aspiro, sem demoras, sobre clepsidras manchadas no dorso da pele..
(25/IX/2004)
(Sete-Luas)
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