A Garganta da Serpente

Sérgio Luís do Carmo

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Um morto

Sou um morto
Sem descanso
Sobre a terra,
E não sob ela.

Qual um corvo
Agouro manso
A luz da vela
De uma capela.

Um estorvo
Em meio ao remanso
Além da janela
Da tua cela.

Sumamente absorto
A ver se alcanço
A origem velha
Desta mazela,

Cismo no aborto,
E no catecismo torto
Da humanóide idéia.

(15 de agosto de 2006)


(Sérgio Luís do Carmo)


voltar última atualização: 13/02/2007
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