Aos que da raça prosperam
Sou-lhe maldito,
Tal como lhe fora
Cada poeta e sublime intelecto
Que lançaste aos vermes.
Sou objeto do teu ódio,
Como todo homem reto
E espírito íntegro
Que por ti passara.
Sou quem desprezas,
Pois minha índole não é má
Nem meus atos tão mesquinhos
Que possas apreciar.
Sou quem desrespeitas,
Pois o manjar que o alimenta
É o detrito que lanço à fossa;
Tua mente rudimentar,
Apenas ego comportando,
Não é apta a apreender
As sutilezas do sublime.
Arrasta-te celenterado!
Regala-te no lodo!
Mete a boca no limo,
Suje-se todo!
Mantém-me longe do teu gozo,
Imagina fazeres-me mal assim,
E se a terra te quiser é bem,
Que eu te quero morto!
(15 de agosto de 2006)
(Sérgio Luís do Carmo)
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