A Garganta da Serpente

Sérgio Luís do Carmo

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Aos que da raça prosperam

Sou-lhe maldito,
Tal como lhe fora
Cada poeta e sublime intelecto
Que lançaste aos vermes.

Sou objeto do teu ódio,
Como todo homem reto
E espírito íntegro
Que por ti passara.

Sou quem desprezas,
Pois minha índole não é má
Nem meus atos tão mesquinhos
Que possas apreciar.

Sou quem desrespeitas,
Pois o manjar que o alimenta
É o detrito que lanço à fossa;

Tua mente rudimentar,
Apenas ego comportando,
Não é apta a apreender
As sutilezas do sublime.

Arrasta-te celenterado!
Regala-te no lodo!
Mete a boca no limo,
Suje-se todo!

Mantém-me longe do teu gozo,
Imagina fazeres-me mal assim,
E se a terra te quiser é bem,
Que eu te quero morto!

(15 de agosto de 2006)


(Sérgio Luís do Carmo)


voltar última atualização: 13/02/2007
11857 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente