A Garganta da Serpente

Rubens Guilherme Pesenti

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MANHÃ

Quando acordei
já estava morto
e apenas um rosto
que não me via.
A rua nula conduzia
o que a noite fora estrela
o que a cama agora vazia.
Sapatos, passos, roupas
e uma vida que insistia:
vai, vai... que agora é minha!

Louças... poucas... a pia...
apenas um gozo que se reveza...
Um prato sobre a mesa
além da pizza fria.


(Rubens Guilherme Pesenti)


voltar última atualização: 22/01/2004
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