Deitado em brumas sutis de fúnebre descendência,
Neste dia de melancolia inata
Quero deitar-me, envolvendo-me a esmo
Em clandestinas volúpias...
Adentre, nobre amiga, aconchegue-se a meu lado.
Brindemos à desgraça e o desgosto,
Loucos e indomáveis companheiros.
Celebremos a tristeza, algoz doentia
Da nossa interminável vida.
Vamos...
Não tenha pressa...
A morte nunca tarda,
Esperemos por ela.
(Rogério Florentino Pereira)
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